11.30.2005

Jornais e as presidenciais

Devem ou não os jornais, rádios e televisões portuguesas fazer uma prévia declaração de voto? Assumir editorialmente que para o futuro do país acham que o candidato presidencial (x) trás mais benefícios? Nos Estados Unidos é comum optarem. Depois têm naturalmente que sofrer a "caça às bruxas" ou o trato "na palma das mãos", mas têm uma enorme vantagem: o leitor sabe ao que vai. A Capital encetou aliás, sem efeito, atitude semelhante nas últimas presidênciais norte-americanas: opôs-se à candidatura de Bush e optou por Kerry.
Ou faz sentido manter tudo como está e ver Cavaco secundarizado no Diário de Notícias, Alegre promovido no Público, Cavaco "lançado" no Correio da Manhã e Expresso e Soares acarinhado no DN? Assim, sub-repticiamente? Não sei. A notícia como a "descrição de um facto novo com interesse social" depende sempre da sua edição. E aí o facto e o interesse são sempre relativos...

Cartaz - Cavaco Silva

Preâmbulo: Soares chama-lhe "esfinge" mas em matéria de cartazes Cavaco Silva é um "fantasma". Quem não souber ler pensa até que não tem qualquer propaganda eleitoral: a sua cara não aparece. O professor ainda tem anti-corpos. Ele, a entourage de campanha e os portugueses sabem-no bem. Quem não estranha a aparição de Cavaco Silva diariamente nos telejornais? Não causa mal-estar? Desaparecido durante 10 anos, quando nos queria dizer alguma coisa Cavaco causava espanto e o país tremia, agora está ali à mão? Todos os dias? Porquê? O português é esquecido, é verdade. Mas, também, desconfiado. Cavaco não precisa de correr riscos e alimentar alergias adormecidas. A única referência que tem é a morada de internet. E não fosse o seu nome aparecer rodeado por "w´s" e "pt" e o cartaz seria anónimo.

Mensagem: "Portugal precisa de si". O ex-primeiro-ministro coloca o ónus da candidatura no estado das coisas. Disse que, não fosse a gravidade da crise do país e não se candidataria. Agora reforça: pede apoio, isto é votos, não por ele. Mas porque "Portugal", esse ente comum, precisa do nosso apoio. Sem sobranceria. Com humildade democrática, Cavaco diz que nos quer a seu lado para invertermos o contexto que nos rodeia.
No rodapé lê-se "PortugalMaior". Duas palavras que dada a conjugação mereceram variadas críticas à esquerda. O socialista Paulo Pedroso lembrou, por exemçlo, que a expressão era empregada pela Mocidade Portuguesa. Houve ainda quem perguntasse que país vamos invadir para aumentar o nosso território? Maldades. Cavaco quer, realmente, um Portugal na maoridade: económica, política, social, cultural e, acima de tudo, financeira. Quer ele e queremos todos. Mas a mensagem política está bem montada: sem ruído, sem interferências, virada para o colectivo e com um objectivo muito bem definido: "PortugalMaior".
O cartaz tem uma faixa verde outra vermelha e, no meio, um círculo amarelo. As similitudes com a bandeira nacional são mais do que evidentes. E a mensagem não verbal, mantém a sintonia com a verbal. Cavaco decidiu apenas candidatar-se no final do verão? Está à vista que não. Tudo foi preparado ao milímetro....

Cartaz - Francisco Louçã



"Olhos nos olhos" diz-nos o bloquista com um ar sério. Apresenta-se como um
político determinado, frontal, sem rodeios. Daqueles que agarram o "boi pelos cornos", perdoem-me o dito popular. Ah, e acrescenta Louçã, o voto em si não é quantificável mas faz "toda a diferença".
Francisco Louçãa apresenta-se de camisa - não se percebe se com mangas arregaçadas, curtas, ou com os botões apertados. Não interessa, porque não tem gravata. Está informal, casual, sem dúvida.
O fundo do cartaz é vermelho com relevantes madeixas - umas linhas difusas em tons de amarelo e verde-, dando alguma modernidade ao moopie e marcando a diferença com o cartaz de Jerónimo de Sousa. Dá, aliás, a sensação de que foi feito por grafitis. Outro pormenor nada desprezível: o letring. Moderna, irreverente e apelativa a forma como o til do "a" parece ter nascido no "c" que o antecede.
Até 2009 - se os ciclos eleitorais não forem interrompidos - não haverá eleições o que poderá esfriar o efeito novidade, surpresa de que o Bloco de Esquerda tem beneficiado desde a sua criação. O BE não quer cair no esquecimento, perder o fulgor que tem tido. Francisco Louçã vai a votos contra a direita(Cavaco Silva) mas também pela conquista e reforço de um espaço eleitoral próprio à esquerda. Se nas autárquicas tentou, sem efeito, ombrear com o PCP - um partido há muito implementado na democracia-, agora a história é outra: Louçã entra bem no eleitorado urbano e tem um discurso "fresco" tendo em conta a concorrência - Cavaco, Soares, Jerónimo e Alegre. Mas Louçã, como os restantes, dependerá de resultados porque a 22 de Janeiro o eleitorado não avaliará esforços. Sim, desempenhos. Para um jovem partido como o BE, que ficará quatro anos sem ir às urnas, é importante encerrar este ciclo, infernal, de eleições com um bom "score". Porque faz, naturalmente, "Toda a diferença".
Francisco Louçã já falou do fim da falência da segurança social, da retirada dos crucifizos das escolas e das faltas de um secretário de Estado. Tem alvos cirúrgicos. Se os atingir com sucesso, está "safo". Continua a dizer que não desiste "vai mesmo até ao fim".

Cartaz - Jerónimo de Sousa




Duas mensagens:
1- "Determinação, confiança!"
2- "Por um Portugal com futuro"

O pano de fundo é naturalmente vermelho. Jerónimo de Sousa está de fato e camisa cinzento escuro, ostenta um sorriso. Está sem gravata e sem óculos. O penteado para trás dá algum vigor ao cabelo e à face. Tem uma referência à sua página na Internet num tom de côr muito semelhante ao vermelho do cartaz.
O secretário-geral comunista é o único candidato que tem uma referência a um partido político nos seus cartazes: "luta e resiste com o PCP", lê-se no canto inferior direito de um dos moopies. Quem vota Jerónimo sabe ao que vai. E o candidato não o esconde.
Jerónimo cumpre uma velha tradição em eleições presidenciais: tem uma referência à identidade nacional através da palavra "Portugal". Promete determinação - extremamente importante quando a luz ao fundo do túnel varia está, ora fundida, ora fosca. Depois um clássico - "confiança" - e um ponto de exclamação (!) - uma importante redundância.
Jerónimo de Sousa cumpriu na passada segunda-feira( 28) um ano como secretário-geral comunista. Com duas viórias eleitorais: nas legislativas em que subiu de um resultado de 6,9 por cento com Carvalhas para um 7,5 por cento em Fevereiro de 2005; e nas autárquicas em que venceu mais quatro autarquias, entre elas o bastião Barreiro, a surpresa Peniche e a "velha conhecida" Marinha Grande. Pela primeira vez em 16 anos o PCP inverteu a tendência de perda de espaço eleitoral em eleições autárquicas e recuperou a muralha de aço em torno da capital. Politólogos, como António Costa Pinto, explicam o bom desempenho comunista também pela crise económica que o país atravessa, terreno fértil para o discurso do pê-cê-pê.
Jerónimo de Sousa tem dois adversários: Cavaco e Louçã. Dos embates com o ex-primeiro ministro guarda a meia-vitória que alcançou em 1995, quando desistiu da corrida presidencial em prole de Jorge Sampaio - o vencedor. Volta à carga com a veia de ex-sindicalista bem exposta e encolerizada. O outro adversário é Louçã que teima em ultrapassá-lo ou chateá-lo em sondagens pré-eleitorais mas que nunca o superou nas urnas. O Bloco e o seu dirigente crescem, mas até ao momento Jerónimo de Sousa e o PCP levam vantagem. Um confronto interessante.

11.29.2005

Cartaz eleitoral - Soares


O fundo é branco, têm o brazão da bandeira portuguesa e a indicação do sitio eleitoral do candidato na internet. A novidade em relação aos restantes está na mensagem. É de dois tipos:

1 - «Porque acredita em Portugal» ; «porque sabe unir os portugueses»

Os verbos da mensagem aparecem destacados - em tamanho e côr (azul no original). Em ambos os cartazes Soares surge de fato e gravata, de pé, tronco e membros superiores focados e quer dar a ideia de conciliador, apaziguador de conflitos, mediador de partes em desacordo. Numa altura em que as greves saltam diariamente à vista dos portugueses e o Governo continua a enfrentar o mal-estar corporativo - médicos, farmaceúticos, militares, magistrados, professores - o «velho leão» trás ao de cima a sua faceta diplomática. Diz que acredita no futuro e que saberá unir. Mensagens simples, ambicionadas pelos portugueses mas que entraram em verdadeira contradição com o seu discurso inicial: truculento, pela negativa, de ataque, mal-dicência de Cavaco e, acima de tudo, de culto do medo em relação a uma possível vitória do candidato da direita. Soares sentiu, mais tarde, necessidade de inverter o discurso. De lhe retirar a carga negativa. Fez bem porque se se quer impôr terá de ser pela positiva. De Santana nas legislativas a Vasco Rato, em Vila Franca, nas autárquicas, fica a certeza de que o eleitorado português não acolhe bem, por norma, as campanhas negativas.

2- «Porque sabe ouvir os portugueses»
Aqui a ideia mantém-se altera-se apenas o verbo e a postura de Soares. Está de camisa e camisola, mais descontraído, mais próximo do admirador. Braços cruzados e olhar expectante. Como um médico que no seu consultório aguarda pelo paciente. Em boa verdade o país anda deprimido e talvez o divan fosse mais aconselhado. Mas a mensagem passa: Soares vem à luta pela mudança, dá a cara - o que nem todos podem dizer -, e quer ouvir e unir os portugueses porque acredita no futuro.

Os constantes episódios com Alegre revelam no entanto que Soares tarda em unir e ser consensual dentro da sua própria casa - o Partido Socialista. Quanto mais fora dela. Cartazes mais eficazes que a restante campanha.

Cartaz eleitoral - Alegre




Manuel Alegre: "Livre. Justo. Fraterno - Portugal de todos"


"Fraterno" - O poeta apela ao sentimento, aos sentidos. Quer dar mimo aos portugueses e recuperar a moral através da retórica, do concílio "linguae". Tem como principal arma o verbo. Apresenta-se como o decano que, qual pai, tem uma atitude fraterna para com o eleitorado.Como se estivesse num plano superior.

"Livre" - Livre? Mas não o somos todos desde o 25 de Abril de 1974? Pelos vistos não. Aqui Alegre quer estabelecer a diferença com Mário Soares - que aos seus olhos e dos portugueses não socialistas está dependente e intimamente ligado à lógica partidária, à entourage socialista. Quantas vezes ouvimos dizer que Soares é "o candidato apoiado pelo PS"? Alegre, apesar de ganhar o ordenado de deputado eleito nas listas do PS de Sócrates e de reclamar o direito de, em determinada altura, ter sido o "escolhido" do secretário-geral socialista explora uma atitude anti-sistema. No fundo depende mas tenta apagar essa imagem com abstenções e faltas no plenário.O "livre " é isso mesmo. Mais não seja de espírito.

"Justo"? - É uma tirada populista.O que tem Alegre de mais justo que os outros candidatos? Justo, porquê? Porque enfrenta o seu próprio partido? Porque pede um empréstimo para poder fazer campanha? Porque tratará todos de igual modo? Justo é um conceito ambíguo. Trazê-lo à colação política é populismo. Puro.

"Portugal de todos" - Reforça uma evidência. Ou melhor, reforçá-la-ia se opinasse de forma sentida, desinteressada. Não é o caso. Diz que é de todos para mais uma vez combater a ideia daqueles que se julgam donos do País, da economia, da intervenção política, da esquerda, dos partidos. Numa só palavra: do eleitorado

O fundo do outdoor é azul, as letras brancas e o candidato ostenta uma gravata escura com riscas amarelas. Tem indicação da sua página de internet. Alegre apresenta um ar sereno, seguro. Contraria o perfil a que os portugueses se habituaram : impulsivo, sentimentalão, desbocado, inoportuno por vezes, poético. Errático.

O cartaz evidencia ainda duas coisas: Alegre explora até ao tutano a desavença que mantém com a estrutura dirigente socialista e com o seu amigo Mário Soares - é uma questão de sobrevivência, matar ou morrer politicamente. E guarda para si um lugar muito próprio na escala da moral e dos valores do país. Nas palavras do próprio: é "livre, justo e fraterno". Falta alguma humildade na mensagem política já que é sempre mais eficaz o eleitorado concluir que o candidato até é justo, livre e fraterno, sem que este o mencione, em causa própria.

Eles Falam Claro, às 2ªs na RR

O engenheiro Cravinho, sábio desta arte, considera que "falta cultura democrática a Cavaco Silva" antes do 25 de Abril: "quando já tinha quarenta e tal anos". Como quem diz: o senhor já estava nos "entas" e nada de intervenção política, partidária, cívica até. Nem mesmo um registo de uma escaramuça anti-regime.A esquerda não lhe perdoa a falta de cadastro pré-Abril.
Já a doutora Ferreira Leite não perdoa o deslize...de Cravinho. Dá o corpo ao manifesto na defesa da sua "dama" (Cavaco) e chega até a alterar o tom da voz: "Eu também não tive qualquer interferência na política antes do 25 de Abril e não consta que me falte cultura democrática. Ou o senhor acha que sim?" .

País o nosso

Não gosto, não gosto. É uma coisa que não gosto...não gosto de ouvir grevistas, pré-grevistas, candidatos a grevistas, grevistas por direitos adquiridos, grevistas por ataques desmedidos, grevistas pelo diabo a quatro, grevistas por aulas de substituição, grevistas pela idade da reforma, grevistas pelos subsistemas de saúde. Grevistas. Ponto. Tenham ou não razão. Por princípio, não gosto de grevistas.

Manuel João Vieira "dixit"

Vieira apresentou a candidatura presidencial no clube noturno Maxime ladeado pelo seu assessor de imprensa, Gimba:

«Mário Soares e Cavaco Silva são os reponsáveis pelo estado do país, que até podia ser pior. Olhem a Guiné Bissau»

«A política não deve ser feita por dois ex-políticos»

«Eu é que sou o Manuel Alegre. Primeiro porque sou Manuel e depois porque sou muito alegre»

«Se não assinarem recuso-me terminantemente a candidatar-me»

«Basta de políticos de carreira, vota Vieira»

«Se ganhar, obviamente demito-me»

«Já os conheces de gingeira? Vota Vieira»

«Queres dinheiro na algibeira? Vota Vieira»

11.28.2005

Os ataques de Soares

1º ataque
Primeiro foi o silêncio de Cavaco, o "candidato esfinge". Pelo meio a falta de agenda do ex-primeiro-ministro para os debates. Cavaco lá marcou os frente-a-frente televisivos e Soares cantou vitória.
( Não acrescentou um voto na urna embora tenha conseguido os debates).

2º ataque
Falou com frequência de Alegre. Para o diminuir. Dando a ideia que por ser mais velho, por ter um passado mais determinante na vida política do país e por ter o apoio do secretário-geral socialista se encontra acima do poeta. A imposição pela força é sempre traiçoeira. E as sondagens provam isso mesmo.
(Não acrescentou um voto na urna e deu a Alegre a oportunidade de se vitimizar, apresentando-se como "Livre. Justo. Fraterno." - a comparação com Soares é inevitável)

3º ataque
Agora é a bandeira da contestação social. Soares garante que só ele pode dirimir o mal-estar existente e acabar com o fossa que separa classes trabalhadoras e Governo. E lembra tempos idos - em que Cavaco era primeiro-ministro e tentou "furar" greves. Soares, então presidente, de pronto contestou o enfrentamento a um direito constitucional, relembra.
A ideia não é nada simpática para José Sócrates, o principal alvo da ira dos sindicatos. Soares dá a entender implicitamente que o actual primeiro-ministro não só não dá conta do recado como poderá colocar em causa direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores.
(Não acrescentou um voto na urna e passa uma má imagem do Governo socialista - incapaz de dialogar com a sociedade)

Conclusão em jeito de silogismo:
1- Soares precisa de votos.
2-As estratégias de Soares não têm acrescentado votos.
3-Logo, Soares precisa de mudar de estratégia.

Diz-me porque militas dir-te-ei ao que vens

António Borges queixa-se que os partidos se transformaram "em máquinas de assalto ao poder".

A política dos jornais

Cavaco Silva volta a ter direito a fotografia na capa do Diário de Notícias - uma raridade nesta pré-campanha. O "luxo" tem, como tudo, os seus limites: "Cavaco bem recebido em Braga MAS COM DISCURSO REPETITIVO". "Discurso repetitivo"? E daí? Qual foi a campanha em que o candidato (vencedor) - a presidente da Junta, da Câmara, a deputado, a um clube de bairro ou a uma associação recreativa - não se repetiu? Imaginem que dizia uma coisa diferente sempre que visitava um local diferente? Lembram-se, certamente, de Santana que de manhã dizia "A", à tarde "A mais B" e à noite "talvez C". "Talvez", reforçava....

É sábio o "macaco"

Jerónimo de Sousa acusa Cavaco Silva de se comportar como o macaco-sábio que "não ouve, não vê e não fala". Como diz a minha mãezinha: "se não temos nada de novo para dizer mais vale estarmos calados". Funciona. Pelo menos em campanhas eleitorais.

11.25.2005

De Georgetown para a oposição interna

O Partido Popular bem tentou. Telmo Correia encabeçou o Movimento de Apoio à Candidatura de Portas à Presidência(MACPP): ele "é um bom candidato seja para o que for" disse a 10 de Janeiro. Mas Portas é inteligente, sabe de política e sente o óbvio - os tempos não são seus. Testou o eleitorado e viu que as sondagens o colocavam bem atrás de Francisco Louçã - não suportaria tamanha humilhação. Portas está, por isso, encaminhado para repetir o voto de há dez anos ( em Cavaco Silva).
Mas a política fala mais alto. "Abram os olhos" diz a propósito da constituição que está "ultrapassada". Mas a cereja está aqui: "vou retomar os meus direitos de intervenção cívica e participar em todos os temas que considere interessantes". Não vai leccionar em "Georgetown", vai fazer política. Ribeiro e Castro que se ciude.

11.24.2005

Porquê?

Faltam nove minutos para a meia-noite. Acabei de passar junto à sede da judiciária e o arraial estava montado - jornalistas que é mato, carros de exteriores e alguma polícia. Dentro de minutos passam três anos da detenção de Carlos Silvino. "Bibi" vai sair da choldra não porque ficou provada a sua inocência, mas porque cumpriu três anos como detido - limite de tempo da prisão preventiva. Com a saida em liberdade do último detido do processo Casa Pia, o caso perde o carácter de urgência. É a lei. E a Justiça, mulher equilibrada de olhos vendados, alguém a viu?
Talvez por ser daltónico não dei por ela. Talvez por isso...

Soares o candidato socialista. Ponto final

Esqueçamos a troca de galhardetes entre Soares, Sócrates e Alegre. Quem convidou quem, quem tramou quem, quem passou à frente de quem. O que Soares acaba de dizer, em entrevista à RR, faz dele o candidato socialista.Ponto final. Não o candidato de todos os portugueses, por mais que tente aparecer como pai da pátria. Esclareço, com palavras do próprio: " Sócrates convidou-me para ser candidato e eu pedi um mês para pensar porque estava longe deste desafio". Quando comparamos Soares a Cavaco, goste-se ou não, há uma enorme diferença: um diz que não quer líderes partidários na sua campanha eleitoral; o outro, Soares, sempre que pode traz Sócrates à colação. Esclarecedor.

Serão os genes?

Sentado à mesa de um restaurante na baixa lisboeta. O empregado aproxima-se:

- Já escolheu?
- Já. Um bitoque por favor.
- Muito bem. E com o bitoque vai querer arrozinho?
- Não, obrigado.
- E saladinha?
- Também não.
- Batatinha frita?
- Não, nada.
- E para beber, uma cervejinha?

O diálogo continuaria, certamente, repleto de "inhos" e "inhas"."Obrigadinhos" e "obrigadinhas". E o mais grave é que a linguagem repete-se quando vamos ao mercado, ao talho ou à peixaria. Porquê? Porque somos assim cheios de "inhos" e de "inhas" - "sim, ele já está benzito"; "não, olhe, atrasou-se...coitadinho" - dando a sensação que temos permanentemente que pedir, implorar, rebaixar as nossas vontades para sermos aceites pelo próximo. Somos diminuidos de espírito? Creio que não. Fazemos o mesmo quando queremos investir no estrangeiro? Espero que não. Ou quando jogamos uma final do mundial de futebol? Serão os genes? O Tratado de Tordesilhas faz-me crer que não...

Cavaco quer fazer orçamentos

11.23.2005

"Espanha, Espanha, Espanha"

Deus criou o Homem e, logo a seguir,...a comparação - princípio primeiro da natureza humana. Em linguagem popular diz-se que "a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha". Assino por baixo. Não, não é por terem uma família REAL com maísculas. Não, também não é pelo Ronaldinho, Deco e Robinho que se passeiam pelos seus estádios "llenos de aficción". Esqueçam...

Pedro Solbes, ministro espanhol, titular da economia - nós contentamo-nos com um Pinho omnipresente - decidiu criar um fundo - não, não é para projectos megalómanos- para aplicar o superávit - sim, a economia espanhola funciona; dá lucro.

Porquê um fundo? Simples. Para "minorar os estragos que a progressiva redução de fundos da União Europeia poderá criar na economia espanhola", explica o governante. Curto e grosso, chamar-lhe-ia "desmamo assistido". Que me perdoem os amigos mais nacionalistas - escassos por sinal: "Espanha, Espanha, Espanha". Digo-o porque não sou governante. Se fosse, aí a história era outra. Diria, com voz desgarrada, "Vamos a por ellos!!!! Cabron..."

11.22.2005

Aulas de substituição: o meu testemunho

Estudei um ano numa escola secundária(pública) da cidade de Albuquerque, Novo México, Estados Unidos. Oitenta por cento dos alunos filhos de imigrantes, espanhol como primeira língua, membros de gangs ( "18th" e "22th streets", na maioria), detector de metais à entrada do perímetro escolar, tiroteios anuais no parque de estacionamento, violência a desbarato, estudantes vindos de classes desfavorecidas. Na "Valley High" tínhamos aulas de substituição. Sem problemas. Sem espinhas. Era de inglês a aula? Muito bem: "em que parte da matéria iam" perguntava o professor de geografia que de pronto arregaçava as mangas para promover uma hora de partilha de conhecimentos, em substituição do colega que lecciona inglês. Eram produtivas? Normalmente não.
Caros sindicalistas por favor metam a mãozinha(a direita ou a esquerda - a questão não tem ideologia) nas vossas consciências e respondam: é melhor ver as crianças a vadiar ou tê-las sob a tutela dos professores?Era de inglês a aula? O substituto só sabe mandarim? Azar.

P.S. Lembro-me de um colega do 8º G na preparatória D. Fernando II em Sintra. Tivémos dois furos e ele foi fazer "batidas" para a estação de comboios da Portela de Sintra, ali ao lado. O João tropeçou. Foi fatal. Ele sim, teve "azar" - ouvia-se pelos corredores.

Coteveladas, assobios e o assessório

Vale tudo. Agora é a doer. Duas ideias-chave para compreender o acotevelamento que se vive à esquerda. Vamos por partes.
Parte primeira: Alegre resolveu contar na Renascença a história da sua candidatura a Belém. O poeta diz que Sócrates o apoiara depois de falhadas as candidaturas de Guterres, Vitorino e Gama.
Parte segunda: Alegre acrescenta que esta é a "verdadeira história e agora é palavra contra palavra". Tó-ma, tó-ma, tó-ma, tóma...
Ah, isto porque Alegre (parte terceira) coloca em causa a verdade de José Sócrates - quem mais perde com tudo isto.
Soares reage, não reagindo, chuta para canto e diz que o PS é que deve reagir.
Reacções? Uma, tão só. E simples por sinal: esclareçam o eleitorado sobre o que realmente interessa - do género, o que pensam sobre o mandato presidencial; como dar o golpe de asa no desenvolvimento económico do país?; o que pensam sobre o actual estado da justiça? - e esqueçam o acessório. Como calculam já todos sabemos que Alegre e Soares mandaram a amizade às urtigas, que Sócrates está fulo com Alegre e que tudo isto beneficia Cavaco. E daí??!!!

Micro causas de importância macro

As micro causas são assim mesmo: cruzamos caminhos, concordamos mas tardamos a aderir. Decidi-me:

A propósito de Micro-Causas (44º dia)

PODE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SFF ESCLARECER O QUE PENSA SOBRE: AS MUDANÇAS NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DA REPÚBLICA PORTUGUESA (SIRP), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DE DEFESA (SIED), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA (SIS),DIVISÃO DE INFORMAÇÕES MILITAR (DIMIL), DESDE QUE DEU POSSE AO PRIMEIRO-MINISTRO, JOSÉ SÓCRATES?Milhares de pessoas já conhecem este pedido, através da adesão de 20 blogs, o que justifica a continuação de uma referência diária.Quem se juntar a este movimento, num exercício de cidadania, passará a fazer parte da lista publicada, que se encontra em permanente actualização.Inscreva a frase em maiúsculas no seu blog e/ou deixe uma mensagem na caixa dos comentários a indicar que concorda.

11.21.2005

O hábito faz o monge

Com o Euro-2004 aprendemos a gostar de nós, das nossas bandeirolas, do nosso hino e até da nossa capacidade de organizar eventos. Tinha, aliás, sido assim com a Expo-98. Também com o Euro-2004 cansámo-nos de nós, de morrer na praia, do nosso triste fado e da música da nossa estrela internacional, a Nelly Furtado - "c´mo uma forca...c´omo uma forca". Somos assim, de tanto exagero, acabamos com frequência a menosprezar o relevante.
A propósito: hoje abri os jornais e li que o "processo casa pia tem 16 mil telefonemas de Jorge Coelho" e vi transcritas escutas entre o socialista e secretário de estado Laurentino Dias, o social-democrata Luis Cirilo e o ex-presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado. No sábado o Expresso falava de uma "chupeta internacional" - expressão escutada pela Polícia Judiciária no âmbito do caso "Portucale". As escutas estão neste pé: são relevantes mas de tão vulgarizada a sua divulgação já não causam celeuma algum. Ferro Rodrigues disse que se estava a "cagar" para o segredo de justiça e Portugal tremeu. Outros tempos. Tenta-se arranjar um tacho "internacional" para o PGR e.... "no pasa nada". Menti: desmente-se o jornalista!...

O General Franco

A propósito da efeméride lembrei-me: que bom que é vê-lo ali, meio postrado meio amorfo, com o Escorial em pano de fundo. Enterrado com nevoeiro, cimento e larvas. Pena é que não seja extensível. Aqui: www.elmundo.es/albumes/2005/11/20/muerte_franco/index_2.html

Louçã e o ex-vereador de Penamacôr - Valter Lemos

O candidato presidencial Francisco Louçã faz-me lembrar a prima de Raul Solnado. Sim, aquela, a Josefina que "é muito engraçada porque gosta de dizer coisas". Não tivesse Louçã falado durante a pré-campanha eleitoral, não fosse candidato presidencial e a coisa até tinha a sua graça. Assim, é pena mas confirma-se: é um excelente deputado(um dos melhores da Câmara) mas, por vezes, apenas fala porque "gosta de dizer coisas". O que é manifestamente pouco.

11.19.2005

Cavaco no Brasil

As imagens que vi eram da RTP. O professor estava preso, sem movimentos, monocórdio, monótono, penteadinho, cinzento. Um clássico. Mas, vejam bem, criticou os adversários na corrida presidencial por pautarem os discursos por "ataques pessoais" - entendidos apenas pela lógica "partidária" em que se inserem. Pouco para quem quer ser Presidente da República. Venham os debates, SFF.

A história de "Pedro e o lobo"

A PGR emitiu um comunicado sobre uma violação do segredo de justiça.

11.18.2005

Soares e Alegre acertam o passo: na morte

Kabul

A principal avenida da cidade chama-se "Violet"(violeta) e liga o campo militar onde estão os portugueses ao centro da capital. Os Comandos chamam-lhe "Violent" .Com razão.

11.17.2005

Marcelo vem a jogo

O ex-líder do PSD - agora estrela televisiva adormecida - diz que a liderança de Marques Mendes não está em causa depois da "cambalhota atrás" que deu na gestão do Orçamento do Estado. "Até 2009", pormenoriza Marcelo. Será o canto do cisne da liderança de Mendes aos olhos de Marcelo? Ou o "pai" não resistiu ao ver o "filho" em apuros? Aguardemos os próximos capítulos...

A forma e a substância

Correia de Campos criticou (e bem) a lastimável desorganização na distribuição de médicos pelos hospitais públicos. Gabe-se a substância do senhor ministro. Mas para a história ficará a forma: disse que eram 59 os oftalmologistas dos Capuchos - "uma vergonha nacional" - mas enganou-se no número. Teve que assumir o erro e desviar as atenções do essencial: a substância. É pena.

11.16.2005

Pergunta enviada à revista Maria:

Há um ano que não faço uma revisão médica. Posso votar?

Seis dias fora

Estive fora, regressei e tudo na mesma na corrida presidencial. Quase tudo porque tive um sonho mau: Alegre bate Soares à primeira volta e obriga Cavaco a segunda ronda. Aí, a esquerda unida, leva o poeta a Belém. Como serão as reuniões de quinta-feira entre um animal feroz e um bom atirador. Chumbada, na certa...

11.10.2005

Chuva de estrelas no Bahrain em Abril 2003



Mais uma a caminho...

O candidato "esfinge"

A acusação de Mário Soares não é inocente. Vale tudo para trazer o adversário a jogo. Mas Cavaco Silva tem nervos de aço - treinados, com afinco, nos últimos dez anos. Vamos à esfinge,

do Lat. sphinge < Gr. spígx

s. f.,
monstro fabuloso, com corpo de leão, cabeça e busto humanos, que propunha enigmas ao viandantes, devorando-os, se lhos não decifrassem;
tipo de antigas estátuas vulgares do Egipto, que representam um corpo de leão ou de cão, com peito ou cabeça de homem ou mulher;

fig.,
coisa enigmática e impenetrável;
enigma;
espécie de borboleta nocturna.

Esfinge? Cavaco responderá: "Sim. Sou fabuloso, tenho cabeça e busto humanos, sou impenetrável e gosto de bater as asas. À noite. E isso tira-me algum voto?"

11.09.2005

Pergunta para queijo

Como é que eu explico à minha avózinha que um senhor que esteve preso(Paulo Pedroso), outro que foi acusado na praça pública(Herman José) e um terceiro(Francisco Alves), arqueólogo, afinal não vão sequer ser julgados num tribunal. Não é que merecessem - isso não sei. Não faço a mínima ideia. O que ninguém pode desmentir é que já foram julgados, sem juiz, defesa, acusação formalizada e qualquer hipótese de recurso. Tirando o financeiro, vulgo, indemnização. Os Xutos dizem e bem: "O que foi não volta a ser..."
FT

António Capucho e Frei Tomás

Não coloco em causa a capacidade técnica de Diogo Capucho, arquitecto, filho do presidente da Câmara de Cascais recentemente nomeado pelo pai para director municipal da autarquia. Mas não basta ser sério: António Capucho não deveria ter assinado o despacho de promoção do filho Diogo. Por pudor.

P.S. Onde estão os dirigentes nacionais do PSD e CDS/PP(p.e. Pires de Lima, presidente da Assembleia Municipal de Cascais) que tanto criticaram a nomeação de Guilherme de Oliveira Martins para a presidência do Tribunal de Contas? A tradição ainda é o que era: "Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não o que ele faz".
FT

A propagação do virus

"Duas viaturas apareceram hoje demadrugada (cerca das 02:30) incendiadas na estrada Correia, junto aAlfornelos, concelho da Amadora, disse à agência Lusa fonte da PSP deLisboa. De acordo com a mesma fonte não há indícios de que o fogo tenhasido posto ou resultado de combustão espontânea. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária, adiantoua fonte da PSP."

11.08.2005

OLÉ!!!!

Abraça-me esta noche...

Portugal e a Libéria

Portugal divide-se entre um presidente economista (Cavaco Silva) e dois políticos profissionais (Soares e Alegre).

A Libéria divide-se entre uma presidente economista (Ellen Johnson-Sirleaf) e um ex-jogador de futebol (George Weah - na foto).



Weah, que se saiba, não voltou a dar cotoveladas desde que deixou o futebol.
Soares e Alegre acotevelam-se à esquerda por um par de votos.

11.07.2005

Alegre à TVI

Manuel Alegre afinal sabia desde Dezembro 2004 que Soares queria ser candidato presidencial e confirmou que quando foi sondado por José Sócrates não sabia o que queria- "não tinha este entusiasmo". Sócrates sabia o que não queria: não decidir e arrastar o problema de a esquerda não ter um candidato à altura de Cavaco Silva. Surgiu Soares. Congregador, patriarcal e com um "chapéu" suficentemente grande em caso de derrota. Para a história ficará a máxima: "mais vale uma má decisão que uma não decisão".

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A nódoa e o bom pano

"...vão à procura de melhores oportunidades de realização profissional e de criação de riqueza, nomeadamente em Inglaterra, EUA, Canadá, Suissa". in www.Abrupto.blogspot.com.

O PSD e o OE

O Cristiano Ronaldo não faria melhor. Num primeiro momento, o deputado Miguel Frasquilho considerou a proposta de Orçamento do Estado para 2006 "globalmente positiva" e a atitude do Ministro das Finanças " cativante". Primeira finta.
Dias mais tarde, o PSD vem dizer que só aprova o OE caso o PS aceite as propostas social-democratas. Nova finta.
Esta tarde, em mais uma conferência de imprensa dedicada ao tema, o PSD diz que vota contra o OE porque "ataca o défice pelo lado da receita, insiste no aumento de impostos, teima em não reduzir a dimensão do Estado e viola compromissos assumidos com os portugueses ". Confuso?

P.S. Caso o voto dos deputados do PSD fosse imprescindível para aprovar o OE o PS estaria, nesta altura, dorido com dores nos rins. Não é o caso. Têm maioria absoluta e, certamente, um sorriso nos lábios.
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A moda II

"Carros incendiados na Bélgica(Bruxelas) e na Alemanha(Berlim)". É por essas e por outras que o tupperware, laranja com rodas está na moda.
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Cinco: uma mão cheia

A "cuatro"(www.cuatro.com) é privada, concorrente da "tres" e da "cinco" e nasce hoje em Espanha. Por cá a TSF dedicou o fórum à hipótese de Portugal vir a ter mais um canal privado. Sintomática a escolha da telefonia sem fios e, também, a reacção do ministro Santos Silva:(cito de memória) "é uma questão a ser vista quando for atribuída a licença para a plataforma da Televisão Digital Terrestre". Mais uma televisão na calha? Justificação? Para quem?

Os limites da democracia

Primera imagen de Leonor

"Tem cabelo castanho claro, olhos azuis e cara redonda". De acordo com os leitores do elmundo.es é mais parecida com o pai (88% , 3368 votos) que com a mãe(12 %, 479 votos). Rainha vinda do povo "aún vá". "Ahora", princesa aspirante ao trono aí a conversa é outra...
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As modas e o Boloni

Nas presidenciais vou jogar à Boloni: não aposto os trunfos de uma só vez( mesmo que perca a oportunidade) e guardo-me para 12 de Fevereiro. Para ver como param as modas.

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O embaraço

A TVI contou ontem que uns abraços e uma troca de mimos entre duas meninas lésbicas deu direito a uma reprimenda na Escola Secundária António Sérgio, em Vila Nova de Gaia. A Associação de Estudantes acusa o Conselho Executivo da escola de criar uma "lei antiabraço". Consta que as meninas são fãs da Rosa Parks....

Intifada à la carte

Balanço da última madrugada versão intifada "francaise": 34 polícias feridos, 839 carros incendiados e 186 detenções.

11.06.2005

Ponte de Lima a arder

"Ponte de Lima: carro de vereador do PS destruído em incêndio de origem desconhecida", In Público-online.

O bloquista Teixeira Lopes avisou para o perigo das viaturas incendiadas nos suburbios das grandes cidades. Falhou por pouco. Que los hay, hay... nas cidades do interior. A tradição ainda é o que era: brandos costumes os nossos.

"Stupid!"

Em Paris, Marselha, Lille e Lyon já arderam mil e trezentos carros. A Associação Internacional do Comércio Automóvel, Associação Internacional das Seguradoras, Associação Internacional dos produtores do sector, Associação Internacional dos Reboques e dos Sucateiros subscrevem, em comunicado, uma declaração pública de "rejubilo e regozijo" pelo folgo prestado a um sector da economia "há muito carenciado". É a economia, stupid!!

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PAD:"sapo" em holandês

O senhor Koeman teve o displante de dizer que "a bola entrou 2 metros" no golo não validado à União de Leiria . Não é arbitro. Não é comentador. Não é bandeirinha. Não é de Leiria. Ele é holandês, treina o Benfica e decidiu falar sobre o Sporting. Há um precedente que convém recordar: Co Adrianse, também ele treinador, também ele holandês, garantiu que se visse lenços brancos nas bancadas do Dragão fazia as malas e ala que se faz tarde. Ainda anda por aí, à semelhança do doutor Lopes. Engoliu o sapo. Koeman, engolirá o seu "pad" antes do final da época. Vale uma aposta?

FT

Rebentos

O Martim e o Tomás nasceram. Parabéns aos pais e à tia...babada

JP - Juventude Previsível